CÊA, Georgia Sobreira Dos Santos. . Anais VIII CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/90119>. Acesso em: 22/11/2024 14:45
O impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016, representou a culminância da ruptura político-institucional que vinha sendo forjada nos âmbitos político, parlamentar, jurídico e midiático, desde a acirrada disputa eleitoral para a Presidência da República em 2014. Entre as diferentes interpretações analíticas do que efetivamente representou aquele momento, este trabalho se debruça sobre aquela que define a ruptura político-institucional como um golpe de Estado, comumente referido pela literatura como “golpe de 2016”. O objetivo foi identificar diferentes formas de tratamento do “golpe de 2016” na produção acadêmica, considerando relações possíveis para o entendimento de repercussões sobre o campo educacional. De natureza qualitativa e exploratória, o estudo de mapeamento considerou artigos acadêmicos nas bases Scielo e Google Acadêmico, publicados em periódicos nacionais entre 2016 e 2021. Os procedimentos metodológicos incluíram levantamento, classificação, leitura, análise e cotejamento de ideias entre os artigos. Entre as principais evidências do levantamento estão: a referência ao golpe de 2016 ocorre de diferentes formas, desde a indicação pontual de um determinado episódio político, até o tratamento conceitual de golpe de Estado; o tema é tratado em artigos publicados em periódicos predominantemente das Ciências Humanas, Sociais e de Saúde; prevalece nas análises a indicação de efeitos do golpe de 2016 em diferentes áreas, em especial nos artigos do campo educacional. Como principal conclusão está a compreensão de que as análises sobre o golpe de 2016, em todas as áreas de conhecimento, lançam luz sobre o cenário político, econômico e social conservador e regressivo que vem ensejando mudanças significativas no conteúdo e na forma da educação no país.