O século XXI inicia a sua segunda década emoldurado por crises econômicas, bélicas, políticas e pela maior crise sanitária a nível mundial causada pelo vírus SARS-CoV-2. Estas situações críticas evidenciam que a origem das crises humanitárias se encontra na condição humana na qual a Educação é o ponto fulcral da crise e por onde as maiores crises são perpetradas na história da humanidade, colocando-nos sempre à beira de um retorno a mais completa barbárie. Este trabalho objetiva lançar um breve olhar para esse processo de crise da Educação que entendemos estar centrada no homem, no drama de sua condição de fragilidade evidenciada pelo filósofo Ortega y Gasset, isto é, a condição que facilmente se dirige para uma recaída na irracionalidade que o leva as mais terríveis crises humanitárias, transferido e sistematizado a um sistema de educação na qual o leva a produzir, transmitir e perpetuar um paradigma pedagógico em constante crise cuja permissividade possibilita a concretização do conceito e perspectiva que Hannah Arendt expressou ao identificar no julgamento do oficial nazista Eichmann a noção de uma banalidade do mal, contrapondo-se em determinada medida ao conceito kantiano de mal radical devido à gravidade das ações que culminaram no planejamento, logística e execução da Solução Final.