Problematizamos, neste trabalho, sobre os pilares das nocividades do Ensino Religioso na educação pública brasileira. A pesquisa foi construída a partir de uma revisão bibliográfica em livros, artigos, teses e dissertações, e, com ela, realizamos uma crítica aos valores promovidos pelo Ensino Religioso, enquanto área educacional que fomenta a superação das práticas confessionais, teológicas e ecumênicas do ensino. Para tanto, levamos em consideração três, dos vários pilares que sustentam o componente no sistema público de ensino, a saber: o pedagógico-educacional, o legal, e o ético-moral – o qual daremos maior ênfase. As indagações concernentes à temática emergem a partir da compreensão de que o referido Componente Curricular faz parte de uma estrutura (neo)colonial na educação pública brasileira e é responsável pela promoção de discursos catequéticos, intolerantes, dogmáticos, racistas, homofóbicos, sexistas e (neo)colonizadores, assim, sua permanência nos currículos escolares tem sido alvo de inúmeras críticas, principalmente por parte dos/as Educadores/as. Desse modo, ressaltamos que é importante a área passar por fissuras em toda a sua estrutura curricular, caso contrário, sua permanência continuará promovendo valores nocivos ao cenário educacional. Tendo isso em vista, discutiremos sobre: a) como se deu a transição do Ensino Religioso com intuitos confessionais para uma área profissional, com propósitos educacionais; b) os problemas de âmbitos jurídicos sobre a formação docente na área; c) e, por fim, acerca dos contributos que o debate sobre ética e moral podem ocasionar ao Ensino Religioso enquanto mudança estrutural. A caráter de considerações finais, ressaltamos que é importante haver a reestruturação do Componente Curricular, levando em consideração as dimensões da ética e moral na formação docente, tendo como objetivo refletir sobre a reeducação e abertura moral dos/as professores/as de Ensino Religioso, a partir de um viés profissional, educacional e laico.