Este estudo é parte de uma pesquisa mais ampla, que encontrou com a tríade: infância, currículo e Educação Infantil e convidou-a à deslocamentos, sobretudo com 28 crianças da pré-escola de um Centro Municipal de Educação Infantil- CMEI no agreste pernambucano. No entanto, o presente texto objetiva pensar a escola e os currículos da Educação Infantil a partir da potência imagética das fotografias produzidas pelas crianças do referido CMEI. O percurso teórico-metodológico se deu em um caminhar junto, com as crianças e demais habitantes do território existencial da pesquisa, envolvendo a inspiração cartográfica para a produção dos dados. Nesses deslocamentos fomos afetadas pelos intercessores teóricos que nos provocaram a pensar sobre a infância, a escola, os currículos e a produção de imagens com crianças. Nesse movimento, também, abrimonos ao gesto da escuta e fomos atravessadas pela poética disruptiva do Manoel de Barros que ao ser habitado por essa infância como experiência nos convida a transver o mundo juntamente com as crianças. O deslocamento com as crianças cartógrafas do território existencial da pesquisa revelam o quanto essa infância diz de si mesma e do mundo a sua volta, quando nos apresenta as miudezas e as existências mínimas que habitam os espaçostempos do CMEI. A potência desses dizeres, fazeres e do gesto de olhar das crianças, nos convidaram a experienciar currículos-outros que se abrem a alteridade eseguem reivindicando outros possíveis pela experiência infantil. Currículos-outros coloridos pela infância e fabulados em aberturas aos imprevistos. Currículos-outros que poetizam e potencializam outras possibilidades de pensar e viver a escola e a produção dos currículos na Educação Infantil.