Objetivou-se analisar a percepção ambiental de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de vigilância ambiental em saúde (AVAS) de um município do semiárido paraibano na busca de informações que permitam sugerir melhoras na qualidade da atenção primária à saúde, realizada pelos Auxiliares de Saúde Comunitária. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, realizado com ACS (12) e AVAS (04) de São João do Cariri, Paraíba, Brasil. Utilizaram-se para a coleta de dados: formulário, questionário em forma de trilha, entrevista semiestruturada, além da técnica do mapa mental, sendo as unidades de interesse categorizadas à luz de Bardin. Constatou-se que existe confusão conceitual dos participantes quanto ao conceito de meio ambiente. A maior parte dos problemas citada relaciona-se à escassez de água. Foram identificadas campanhas de educação ambiental, porém, as práticas observadas não estão de acordo com os princípios norteadores nacionais e internacionais, limitando desse modo as mudanças, especialmente no que se refere à percepção ambiental e ao manejo sustentável da água, o qual afeta de forma direta a saúde humana e ambiental. Portanto, é fundamental fomentar a capacitação dos ACS e AVAS em relação às questões ambientais dentro dos princípios universalmente aceitos de Educação Ambiental, de modo a favorecer a saúde humana e ambiental, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida e a inclusão social.