O presente trabalho tem por objetivo conhecer, a partir das produções bibliográficas e das normas jurídicas vigentes, o porquê de assegurar-se a acessibilidade metodológica nos laboratórios de química dos Institutos Federais. A acessibilidade metodológica, no âmbito educacional, tem, como fim, a extinção ou, ao menos, a diminuição das barreiras e dos impedimentos existentes nas metodologias de ensino/aprendizagem, de modo a promover a inclusão de pessoas com deficiência. Isso busca tornar o ambiente escolar mais acolhedor e diverso, impulsionando e facilitando, ainda, o desenvolvimento de discentes com essas características. Se há a utilização de procedimentos e métodos específicos nos laboratórios de química, é preciso que eles estejam acessíveis a estudantes com deficiência, até mesmo porque a Constituição Federal de 1988, em seu art. 205, reconhece a todos o direito à educação e, em seu art. 226, I, estabelece que o ensino deve assegurar a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola. Os estudos e análises documentais realizados — o que foi reforçado pelos estudos e análises bibliográficos — apontaram para a necessidade de realização de práticas de educação inclusiva nos Institutos Federais, o que envolve necessariamente a garantia da acessibilidade metodológica em seus laboratórios. Entendeu-se que isso é essencial para que se consolide a permanência de discentes com deficiência nos cursos em que estão matriculados, sejam eles de nível superior (graduação e pós-graduação) ou de nível técnico (integrado e subsequente). A opção metodológica foi por uma pesquisa exploratória, de revisão bibliográfica e de análise documental.