Estamos expostos a representações e concepções de figuras geométricas no plano e ocupação de espaços desde os primeiros anos do ensino escolar e em nosso cotidiano, isto ocorrendo sob diferentes aspectos, perspectivas e finalidades. Entretanto, ao analisarmos, por exemplo, a porcentagem de acertos em provas como a do ENEM que exigem competências que envolvem a utilização de conhecimentos geométricos (representação, interpretação e sua manipulação espacial como um recurso de argumentação) e de habilidades que requisitam a compreensão do plano cartesiano, percebemos que é ponto recorrente os baixos níveis no êxito nestes conteúdos. As dificuldades que surgem destes assuntos podem estar atreladas ao baixo interesse dos alunos em sala de aula em participar das discussões, dificuldades de interpretação e abstração (desde a problemática até a visualização espacial) ou a déficits conceituais. Temos, portanto, que investigar e desenvolver cada vez mais métodos e materiais com os quais possamos aliar a construção de uma base conceitual estável com o direcionamento à correta tomada de decisão por parte do aluno. Diversos são os métodos utilizados para abordar conceitos da Geometria, seja por manipulação, história da matemática ou a construção de materiais. Neste trabalho exploramos uma das habilidades requisitadas pelo BNCC (como parte de uma competência específica), descrevemos a utilização de um Jogo de tabuleiro autoral, com aspectos do Geoplano, como metodologia complementar às discussões em sala acerca dos conteúdos de Geometria Plana (Polígonos) e do Plano Cartesiano. Apresentamos desde sua criação, jogabilidade e adaptações possíveis. Evidenciamos esta abordagem como contrapartida ao processo de memorização de fórmulas (e de formas) e de conceitos discutidos sobre estes conteúdos, estimulando o aluno a elaborar estratégias para a solução de problemas utilizando raciocínio lógico favorecendo a interação dos estudantes com seus pares de forma cooperativa para refinar discussões matemáticas.