Há décadas a intensificação das atividades antrópicas em associação com as Mudanças Climáticas Globais tem resultado em grandes alterações na cobertura vegetal do Semiárido brasileiro. Logo, distintas paisagens são observadas, as quais culminam no avanço do processo de desertificação. Onde essas pressões abióticas são mais intensas, geograficamente denominou-se Sertão Central do Brasil. Pesquisas meteorológicas fornecem os dados necessários para a compreensão da influência das novas paisagens sobre o clima local. Esse artigo foi elaborado com o objetivo de descrever as pesquisas meteorológicas conduzidas no Sertão Central do Brasil pelo Grupo de Agrometeorologia no Semiárido - GAS/UFRPE/UAST/CNPq para conhecimento das alterações promovidas pelas mudanças na cobertura da terra, bem como estratégias de manejo para minimização dos impactos do setor agropecuário. Um estudo exploratório e descritivo foi feito para identificar as principais problemáticas/hipóteses, paisagens, estações meteorológicas, e descrição de torres micrometeorológicas e de pesquisas conduzidas com práticas de resiliência na área de estudo. Como principais informações, esse trabalho ressalta a existência de pesquisas meteorológicas nas seguintes paisagens: vegetação Caatinga com a presença de atividade pecuária extensiva; cultivos agrícolas com plantas MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas) e C4; área desmatada; e outra com alto processo de desertificação. 103 estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia auxiliam na análise do efeito da mudança de cobertura no clima regional. Cinco experimentos com palma e outras forrageiras permitem avaliar práticas de mitigação dos impactos do setor agropecuário no Sertão Central do Brasil.