Em áreas de Caatinga é comum a ocorrência de solos problemáticos para recuperação, principalmente os salinos, devido à baixa precipitação e alta taxa de evaporação. Esses solos são geralmente mais problemáticos para serem recuperados, devido à dificuldade de adaptação das espécies às condições restritivas ao seu estabelecimento, devendo assim ser investigada a capacidade de estabelecimento das espécies da flora local quando da semeadura direta nos mesmo. Mediante o exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial germinativo de sementes de Crateva tapia L. sob semeadura direta em diferentes solos salinos da Caatinga. Os solos utilizados na presente pesquisa foram coletados em áreas pesquisadas pelo Projeto Biomas-Caatinga, localizadas na Fazenda Triunfo no município de Ibaretama - CE. As sementes foram coletadas em matrizes localizadas em área de preservação permanente de rio em caatinga no município de Nova Olinda – CE. O experimento foi montado em pleno sol em viveiro do Departamento de Ciência Florestal da UFRPE. Os tratamentos, previamente sorteados, foram dispostos em bandejas plásticas de 0,30 m x 0,40 m, onde as sementes foram semeadas em sulcos nos diferentes tipos de solo. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com 10 repetições e 10 sementes em cada repetição, totalizando 100 sementes por tratamento. Os tratamentos utilizados foram: T1 = Neossolo Flúvico Ta Eutrófico vertissólico; T2 = Vertissolo Hidromórfico Sódico salino e T3= Planossolo háplico eutrófico solódico. Os dados de germinação foram coletados diariamente durante 30 dias, sendo, ao final do experimento, avaliados a porcentagem de germinação (G), tempo médio de germinação (TMG) e a velocidade média de germinação (VMG), todas em porcentagem. Foram consideradas germinadas as sementes em que os cotilédones foram expostos. Os dados foram tabulados e processados no software Assistat para verificação de diferenças estatísticas. Verificou-se que as sementes dispostas no tratamento com neossolo (T1) apresentaram as maiores porcentagem de germinação (78%) demonstrando superioridade aos demais tratamentos, sendo observados os menores valores de germinação, 27%, no tratamento com vertissolo (T2).