O objetivo do presente artigo é discutir as práticas em avaliação psicológica no contexto escolar. Foram escolhidos quatro casos para o estudo, todos tratam da hipótese diagnóstica de Transtorno do espectro Autista – TEA. São relatados e discutidos 4 casos que passaram no setor de psicologia escolar de uma escola particular na Cidade de Campina Grande – PB no ano de 2022. Os nomes originais das crianças e da adolescente foram mudados para preservar suas identidades, portanto foram escolhidos nomes fictícios para cada uma delas. Frente à discussão dos casos é possível afirmar que quanto mais cedo se dá o diagnóstico do transtorno de espectro autista, potencialmente melhores são os resultados do tratamento dado para a criança e adolescente. Quanto mais nova esta criança é, maior sua plasticidade cerebral por conseguinte, mais provável é a obtenção de intervenções satisfatórias. Por essa razão, o trabalho do psicólogo escolar é fundamental na identificação de aspectos que apontam para o TEA quando estes interferem no desenvolvimento e aprendizagem. É importante, acima de tudo, ter um olhar crítico para este trabalho de avaliação, pois não se deve avaliar para diagnosticar, classificar ou rotular a criança, mas a avaliação deve servir para contribuir com o seu desenvolvimento. Quando uma avaliação psicológica no contexto escolar resulta de um encaminhamento, não se deve pensar que o trabalho do psicólogo escolar finaliza com isso, pois esta etapa é apenas o começo. É preciso prestar atenção aos pais do aluno encaminhado, prestando acolhimento e orientação constantemente. Os casos precisam ser discutidos com os profissionais externos que vão avaliar e possivelmente acompanhar a criança e/ou adolescente. Por fim, deve ser planejado o PEI contendo ações que contribuam para o desenvolvimento global do estudante no ambiente escolar.