Casos de bullying e cyberbullying têm sido noticiados na mídia e investigados em estudos científicos, que mostram que essas formas de agressão são cada vez mais comuns no ambiente escolar. Com a pandemia e o maior uso das mídias sociais pelos adolescentes, essa incidência tem se tornado alarmante e gerado consequências danosas para todos os envolvidos, como: abalo na saúde mental e comportamental, isolamento social, evasão escolar, ideação suicida e suicídio. Diante desses dados, este trabalho objetivou avaliar a eficácia do desenvolvimento da empatia para reduzir o bullying e o cyberbullying entre estudantes adolescentes. Para tanto, realizou-se uma pesquisa-intervenção com o uso da estratégia informativa-afetiva-discursiva. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e seguiu todos os preceitos da pesquisa com seres humanos. Participaram 72 alunos/as, com idades de 14 a 18 anos, do sexo masculino e do feminino, do 9º ano do ensino fundamental II de uma escola pública do Rio Grande do Norte. No presente estudo, serão apresentados os resultados da Análise de Conteúdo dos dados coletados na etapa de dramatização da intervenção. Com a colaboração de quatro juízes, os dados foram organizados em cinco categorias: “Arrependimento e pedido de desculpa frente ao bullying e cyberbullying” (45%), “Palavras de apoio para a vítima” (19,2%), “Justificativa para cometer bullying e cyberbullying” (18,3%), “Identificação com a vítima e exercício empático” (13,3%) e “Mudança de comportamento (4,2%). De maneira geral, os resultados encontrados sugerem que o desenvolvimento da empatia pode favorecer a redução do bullying e cyberbullying, além de gerar mudanças comportamentais com relação a tais práticas. Espera-se que esse estudo forneça auxílio para os profissionais da educação executarem intervenções voltadas para a redução de práticas agressivas no âmbito escolar.