O processo de inclusão dos alunos com deficiência visual nos espaços escolares regulares é mais do que uma simples norma a ser seguida por força de lei, é um ato cidadão, de reparação histórica, garantidor de um dos direitos mais básicos do ser humano: o de aprender. Mas, esta ação não deve ser feita de forma leviana, não basta apenas pôr o indivíduo dentro da sala de aula, faz-se necessário capacitar e estruturar todas as pessoas e ambientes responsáveis por este processo educativo, dentre eles o professor de geografia. Para que haja inclusão, o docente precisa garantir que todos os seus alunos sejam capazes de analisar e compreender, em igualdade de condições, os conceitos teórico-metodológicos, fenômenos e representações gráficas que permeiam o meio da Ciência Geográfica, se utilizando de materiais didáticos táteis para contornar os vazios conceituais e subjetivos que possam ocorrer em virtude da deficiência visual, sendo a formação docente inicial essencial para capacitá-lo em sua prática educativa. Tendo isso em mente, o objetivo deste trabalho será analisar as contribuições iniciais do curso de formação iniciada para a produção de materiais didáticos táteis de geografia para de alunos com deficiência visual. Sua metodologia se baseará em uma pesquisa-ação, de cunho qualitativo, para avaliar as contribuições da formação, no formato de uma oficina, com os discentes da Licenciatura em Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal-Central. Espera-se, assim, capacitar estes alunos para que, no futuro exercício de sua função, promovam uma educação realmente inclusiva.