SILVINO, Fabíola Maria et al.. . Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/100899>. Acesso em: 22/11/2024 02:30
RESUMO O trabalho em tela tem como objetivo apresentar como se constituiu a identidade da criança de elite no Brasil império. Para fins de metodologia, desenvolvemos nossa pesquisa a luz de Lakatos (2003) caracterizando assim essa, como uma pesquisa dedutiva, qualitativa, de campo e bibliográfica, com instrumento de coleta de dados, o questionário. Como referencial de teoria nos embasamos nas discussões de Bauman (2005) e Hall (2011) quando esses vêm traçar os caminhos que as teorias de identidade percorrem até os dias atuais. Também utilizamos Souza (1987) e Ximenes (2009) quando essas nos falam como as roupas representam e organizam as identidades sociais e por fim usamos Ariés (1986) e Mauad (1997) abordando sobre a construção da criança dento dos espaços sociais e por fim Costa (2008) quando cita sobre a dicotomia entre o cuidar e o educar na Educação Infantil. Os resultados, apontam que ao analisarmos as concepções de infância, criança e identidade que temos nos dias atuais, percebemos que as crianças de elite do Brasil Império ainda que participando de uma sociedade que lhes proporcionavam um conforto econômico, viviam em gaiolas invisíveis impostas por essa mesma sociedade, que ao mesmo tempo, as aprisionavam e as moldavam de acordo com as necessidades da época, e que na educação atual ainda se manifesta em diversos campos do ato de educar, através do erro de pensar a educação como ato apenas de cuidar, muito percebido na Educação Infantil. Por fim, concluímos que a criança de elite do Brasil Império era um sujeito aprisionado em sua própria identidade, forçado a assumir status sociais que não lhes cabiam e que muitas vezes negava a sua própria essência infantil, sendo por vezes um bibelô social de amostras da família.