O ChatGPT é um software de Inteligência Artificial (IA) que funciona como um modelo de linguagem natural para formular respostas a questionamentos de usuários sobre qualquer assunto. Esse software possui um sistema capaz de processar, memorizar e reproduzir informações, criando textos realistas e articulados a partir de volumosos bancos de dados. Considerando que o ChatGPT atingiu, em 05 dias, 100 milhões de usuários e que não tem compromisso com a veracidade das informações, faz-se necessária uma análise de textos produzidos por essa ferramenta sobre discursos de ódio, por exemplo, para refletir se reiteram ou combatem preconceitos. Fundamentando-se em Marques (2023), Cassol (2023), Boa Sorte et al (2021), Costa et al (2018) e Koch (2003), esse trabalho analisa tipos de conhecimento mobilizados pelo ChatGPT na identificação de discurso de ódio em tuítes, para reflexão sobre a devida menção a fontes referenciais e o combate ao preconceito por parte desse modelo de linguagem natural. Para tanto, é desenvolvida uma análise de caráter descritivo e qualitativo de tuítes veiculadores de discurso de ódio, coletados por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental de natureza básica. A partir da análise de uma postagem do twitter de teor preconceituoso, foram feitos dois questionamentos ao ChatGPT: um, sobre a pertinência delas para serem publicadas na rede social e outro, sobre o (des)respeito aos direitos humanos. A análise das respostas produzidas pelo ChatGPT à luz dos tipos de conhecimento necessários ao processamento da escrita, sinaliza a utilização predominante de linguagem formal aliada a um modo de interação que privilegia a proximidade com o interlocutor, e negligencia a devida menção de fontes bibliográficas que tematizam o preconceito.