Reporta-se a situações vivenciadas, por meio deste Relato de Experiência, com bolsistas de PIBID e RP à solicitação de organização de atividades como “tomar leitura em voz alta”. Nas reuniões com a professora na universidade a atividade a ser realizada nas escolas pareceu demasiadamente simples e óbvia aos bolsistas, tendo em vista não haver questionamentos, em reuniões, sobre quais procedimentos para realização, e talvez pudéssemos estender às supervisoras, visto não haver indicações de procedimentos aos futuros professores de como organizá-las. Tal prática de leitura parece suscitar lacunas de amparo teórico e metodológico sobre o que é ler e a aparente obviedade de como fazê-las leva-nos à referência de Street (2010) sobre as “dimensões escondidas” e a de Lillis (1999) sobre “prática institucional do mistério”. As duas noções parecem nortear o entendimento do porquê os bolsistas não se questionaram sobre a atividades, do porquê as supervisoras não consideraram seu ensino e do porquê os acadêmicos de Letras compreenderem como uma atividade que obviamente deva estar presente na compreensão leitora. O artigo tem o objetivo investigar, na literatura, sobre a atividade de tomar leitura em voz alta resulta em compreensão de sentidos de um texto. Para finalizar o relato constroem-se reflexões para atuação docente esperando que o melhor entendimento de tais dimensões, colabore para um ensino mais eficaz e significativo.