O presente relato é resultado do trabalho de aplicação de uma das práticas denominadas “rotinas do pensamento” desenvolvidas pelo Project Zero, da Escola de Graduação de Educação da Harvard University, como método de ensino-aprendizagem, junto a uma turma de Ensino Médio da E. E. Pedro II, em Belo Horizonte, na disciplina de Filosofia. A articulação de arte e pensamento no desenvolvimento desta prática junto aos estudantes pareceu estimular a livre imaginação dos alunos na colocação de hipóteses, que precisavam ser consistentemente fundamentadas para resistir aos questionamentos lançados por seus colegas em sala de aula. A falta de prática argumentativa escrita por parte dos alunos, observada ao longo do semestre letivo, antes e depois da atividade realizada, mostrou-se um obstáculo ao desenvolvimento de um maior nível organização e de criticidade do pensamento dos estudantes durante a prática da “rotina do pensamento”, revelando uma falta de autonomia dos alunos para examinarem e identificarem a tese e o fundamento do pensamento do “outro”, fundamentais no ensino-aprendizagem de Filosofia.