Este artigo busca refletir sobre a performance enquanto linguagem (Cohen, 2002; Fabião, 2009) tangível ao universo escolar, como uma perspectiva pedagógica para o ensino de Teatro ante a preponderância da polivalência (Almeida Júnior, 2013; Piegaz, 2015), concepção pedagógica vigente nas escolas das cidades de Ouro Preto (MG) e Mariana (MG); uma constatação a partir do meu lugar de fala (Ribeiro, 2017) como professor das disciplinas de estágio, dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) e coordenador do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) no curso de Licenciatura em Artes Cênicas, na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), no estado de Minas Gerais. A abordagem indaga sobre as contribuições da performance como uma perspectiva pedagógica, para a escola (Martins,2017) e o trabalho docente, tanto de bolsistas, quanto de professores/supervisores do referido programa, uma vez que esta linguagem articula-se na relação espaço/corpo e/ou realidade/presença, para além do caráter ficcional inerente ao teatro. Nesse sentido, por sua fluidez, se configura como um entre-lugar (Bhabha, 2013) capaz de promover outro tipo de senda para a formação docente, bem como a discente, estimulando outros debates e pontos de vista. Nesta reflexão, a performance é compreendida em suas dimensões, teórica e prática, como potência artística a instigar o PIBID ARTES 2022/2023 (bolsistas e supervisores) à investigação pedagógica e estética na escola para além dos limites da polivalência, problematizando o corpo como base do conhecimento (Gicovate, 2001), através da concepção de corporeidade (Assmann, 1994,1996,1998).