O Relatório da Unesco (2022) faz um convite à reflexão sobre possibilidades de uma educação mais justa e transformadora, com isso um novo contrato para educação é o primeiro passo na tentativa de fortalecer a educação por meio de um esforço coletivo. Dessa forma, a estruturação de políticas públicas que envolvam os agentes responsáveis por esse processo se torna ímpar. A Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte, no Ceará, cria o programa Educa Juazeiro, na perspectiva de envolver a comunidade interna e externa à escola, na tentativa, sobretudo, de recompor as aprendizagens. Este estudo apresenta como objetivo discutir a necessidade de pais, responsáveis, professores, políticos, sociedade em geral, participarem ativamente na construção de uma educação significativa, que mobilize saberes voltados ao pensar sobre si mesmas e o reimaginar uma educação que promova inclusão, equidade, direitos humanos e promova a cultura de paz. Para isso, cabem alguns questionamentos, como: Quais ações precisam ser tomadas para que seja possível imaginar um novo contrato para educação? Qual a responsabilidade do poder público nesse processo de recomposição da aprendizagem e mudança de paradigmas? Para isso, faremos uma análise do Programa Educa Juazeiro, sua implantação, necessidades e expectativas, assim como o impacto na aprendizagem dos alunos, envolvimento da comunidade e dos professores. Tomaremos para o percurso teórico, inicialmente, os dizeres do relatório da Unesco (2022) publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura; Nanni e Filho (2016); Bernardoni e Leite (2007); Parada (2006). Acreditamos poder associar o resultado das avaliações externas, resultado dos testes de leitura e escrita em rede e o envolvimento maior da comunidade à efetivação do programa Educa Juazeiro, com isso, considerar a necessidade e relevância de políticas públicas voltadas para educação.