A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é reconhecida no país como uma língua oficial que é utilizada como primeira língua pela comunidade surda, que abrange cerca de 9 milhões de pessoas no Brasil. Entretanto, por mais rico que seja o vocabulário, existem diversas palavras e termos que ainda não possuem um sinal oficial. Nota-se que ao longo dos anos foram realizadas diversas pesquisas sobre a inclusão da linguagem de sinais, que passou a ter seu ensino obrigatório nas escolas públicas brasileiras. Porém, apesar do crescimento das pesquisas, dados sobre a dificuldade do ensino e aprendizagem da comunidade surda no ensino superior ainda são incipientes. As referidas dificuldades perpassam pela necessidade de um Tradutor Intérprete em Libras (TIL) para o acompanhamento do aluno durante as aulas e pela inexistência de termos científicos que não possuem um sinal oficial. Essa é uma pesquisa qualitativa descritiva, que foi realizada a partir da observação durante o projeto Deficiência e Neurodiversidade na Universidade, desenvolvido na Universidade Federal do Pará. A partir do projeto, destacou-se a carência da língua de sinais no ensino superior e a falta do olhar atento as necessidades do discente surdo. Nos cursos da área da saúde, é comum a utilização de termos que no meio científico são universalmente conhecidos, porém observamos que esses termos raramente possuem um sinal oficial, e os TILs tem dificuldade em encontrar sinais que possam explicar da melhor forma o termo a ser aprendido. Concluímos que é necessário evidenciar esse assunto nas Universidades para que se possa combater essa realidade e propiciar ao aluno surdo melhorias no campo ensino-aprendizagem.