Este escrito discute a atuação do Serviço Social no programa Busca Ativa Escolar através da análise constitutiva e estrutural dessa política pública e a experiência vivenciada pelo sistema municipal de educação do município alagoano de São Miguel dos Campos. Para tanto, a investigação se ampara teoricamente na interlocução entre os documentos oficiais publicados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o debate acerca da inserção legal de assistentes sociais na educação básica, com respaldo nas Leis 13.935/2019 e 14.819/2024. A construção metodológica se apoia em pesquisa bibliográfica e empírica. A análise aufere, a partir da experiência supracitada, a importância do profissional de Serviço Social na base técnica do programa Busca Ativa Escolar, ao comparar os possíveis prejuízos à vida de crianças e adolescentes na ausência desses especialistas no cotidiano de trabalho, visto que na base da estrutura técnica de implementação dessa política pública não há em si obrigatoriedade, para a inserção de assistentes sociais, o que revela um aspecto contraditório do programa. Assentindo que as contribuições desse profissional trazem consideráveis impactos ao processo de ensino aprendizagem dos alunos, reputamos que o assistente social só valida o processo de desenvolvimento do aluno na sua integralidade, ao passo que detém condições de fortalecer a intersetorialidade sobretudo entre as políticas de saúde, educação e assistência social, essenciais para o atendimento integral de crianças, adolescentes e suas famílias.