Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO ESCOLAR

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Este trabalho apresenta o resultado do projeto de cultura intitulado “Narrado Infâncias”, vinculado ao Edital Campus de Cultura 2023-2024, da Universidade do Estado de Santa Catarina e desenvolvido no âmbito da educação básica, com crianças em idade de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental. Nosso objetivo foi de contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, mediado pela literatura infantil na contação de histórias, como estratégia de inclusão escolar de crianças que apresentam alguma deficiência. Ouvir uma história, seja contada ou mediada por um livro, oferece à criança a oportunidade de se identificar, refletir e questionar contextos ao seu redor. Assim, a literatura infantil é, essencialmente, literatura e arte, representando o mundo, o homem e a vida por meio da palavra. Tanto a literatura quanto a contação de histórias são elementos essenciais para colocar em evidência temas sobre inclusão escolar e diversidade humana, as quais remetem às práticas curriculares prescritas no Currículo Base do Território Catarinense (2019), como princípio formativo na educação básica. O caminho metodológico seguiu por meio da pesquisa-ação, por nos permitir planejar, intervir no contexto da escolarização, descrever as experiências e avaliar se houve mudança no processo de aprendizagem, num movimento de reflexão constante. Tomamos como campo empírico, duas turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, de escolas municipais no estado de Santa Catarina. As ações realizadas indicam que a arte de contar histórias pode se constituir como uma estratégia de inclusão escolar eficaz, com a colaboração estreita entre professores, equipe pedagógica e a comunidade externa. Concluímos que a inclusão de crianças com deficiência motora e cognitiva, que participaram da elaboração de livros adaptados, ampliou não apenas as oportunidades educacionais, mas também demonstrou a importância de dar voz a todas as crianças, independentemente de suas especificidades e habilidades.

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