A pesquisa tem como objetivo examinar o impacto das redes de conversação no enfrentamento da violência em escolas públicas localizadas em periferias urbanas, muitas vezes negligenciadas pelo poder público e assoladas por atividades criminosas. Apoiando-se na teoria da comunicação e das interações sociais de Maturana, o estudo investiga a implantação de uma rede de conversação em uma escola pública situada na periferia da Grande São Paulo. Inicialmente conhecida pelos seus elevados níveis de violência, essa escola passou por uma transformação notável, evoluindo para um ambiente desejável tanto para professores como para alunos e moradores circunvizinhos. A análise está centrada no papel destas redes como ferramentas eficazes para mitigar conflitos e promover mudanças positivas, propondo o estabelecimento e manutenção de tais estruturas como uma estratégia sustentável para reformular a cultura escolar e revitalizar a comunidade. As descobertas sugerem que as redes de conversação vão além da mera resposta à violência; servem como catalisadores para a reconstrução do tecido social e para o fortalecimento da identidade comunitária. Isto sublinha a importância do diálogo na redefinição das relações interpessoais e na criação de um ambiente escolar seguro e inclusivo.