O texto tem por objetivo apresentar recorte de uma pesquisa feita em nível de pós-doutorado ainda em andamento. A referida pesquisa teve como eixo condutor as normativas estabelecidas por meio de políticas públicas educacionais nas quais foram definidas novas estruturas curriculares e a reorganização da carga horária no ensino superior, que se deu via inserção das Diretrizes Curriculares Nacionais. Assim como caminho para compreensão das mudanças no contexto em termos dessas normativas, em especial as resoluções CNE/CP nº 01/2006, CNE/CP nº 2/2015 e a CNE/CP nº2/2019, realizamos uma revisão bibliográfica com vistas a compreendermos qual debate têm sido realizados no contexto acadêmico-científico acerca dessas resoluções e quais tensões e/ou mudanças positivas o estabelecimento dessas normativas causou no cenário relativo à formação inicial no ensino superior. Assim por meio de descritores previamente estabelecidos, buscamos nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) por artigos que tratavam dessa temática. Identificamos discussões similares em termos de apontamentos sobre as lacunas na escrita da resolução nº 01/2006. Sobre a resolução CNE/CP nº 2/2015 os debates apresentados nos artigos versavam sobre o contexto sócio-político em que ela se estabeleceu, assim como os avanços trazidos por ela ao contexto educacional do ensino superior. Já, a resolução CNE/CP nº2/2019 nos artigos analisados, foi a que mais apresentou discussões que sinalizavam críticas acerca dessa normativa no cenário educacional e em certa medida apontando o declínio nos avanços conquistados com a CNE/CP nº 2/2015. Assim nos textos analisados foi possível observar os apontamentos frentes aos avanços, lacunas e contradições trazidas ao cenário educacional em relação as normativas estabelecidas pelas Resoluções mencionadas.