Este texto trata de uma análise sobre as políticas públicas educacionais de Gênero e Sexualidade tendo como objetivo problematizar o ingresso e a permanência de estudantes trans e travestis nas escolas estaduais do Ceará a partir da matrícula e do preenchimento do campo nome social no SIGE (Sistema Integrado de Gestão Escolar) da Secretaria Estadual da Educação, bem como de demais projetos e ações que envolvem direta e indiretamente esse grupo. O nome social é uma expressão que pode ser entendida como o nome escolhido pelas pessoas transexuais e travestis o qual querem ser identificadas e reconhecidas socialmente. Metodologicamente foi utilizado a pesquisa bibliográfica ao dialogar com Louro (2007), Furlani (2011), Andrade (2015), Bento (2017), bem como a pesquisa documental através da coleta de dados da legislação estadual e nacional especializada e documentos de matrícula do SIGE dos períodos de 2021 e 2022. Constatou-se que a escola é um espaço de disputa e contradição para as/os estudantes LGBTQIAPN+, pois ora acolhe, ora violenta. Nota-se também que apesar das legislações acerca do nome social persistem uma falta de compreensão do que seja identidade de gênero e orientação sexual, bem como a não aceitação da performance das(os) transexuais e travestis gerando diversos conflitos lgbtfóbicos dentro da comunidade escolar. Precisamos conhecer quem são estas/es estudantes, o que sentem e o que pensam da escola. Portanto temos como desafio a participação de estudantes trans e travestis nos embates cotidianos na escola.