O presente trabalho tem por objetivo apresentar duas leituras significativas do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, em uma versão tradicional e outra contemporânea, demonstrando o modo como o gênero literário infantil, apesar das mudanças formais e em decorrência dos tempos, não perde a sua relevância literária. No cerne de amplas discussões encontra-se um dos gêneros infantis mais distintivo: o conto de fadas. É um dos gêneros mais bem aceitos e valorizados no âmbito das produções livrescas contemporâneas. Conforme as transformações sociais e ideológicas da sociedade, o conto de fadas está condicionado às mudanças formais, porém resiste ao longo do tempo a esses fatores sem perder o caráter estético/literário e é objeto de predileção das crianças. A metodologia da pesquisa é de natureza bibliográfica, de cunho qualitativo quanto à temática apresentada. Como aporte teórico, utilizamos as teorias e os conceitos de Cunha (2003), Coelho (2000), Zilberman (2003), Cademartori (2006), dentre outros, que dialogam diretamente com a Literatura Infantil e a releitura ou adaptação do conto de fadas clássico. Partindo da perspectiva do contexto de surgimento da literatura infantil e sua chegada à escola, bem como um breve percurso histórico do conto de fadas, é possível reconhecer a renovação do gênero literário mediante a contemporaneidade.