A experiência de investigar a ciência por meio de relatos históricos nos faz perceber o envolvimento das realidades imersas nas atividades culturais, estabelecendo relações entre os conhecimentos científicos tradicionais com a pesquisa acadêmica. A investigação da História da Química no Brasil proporciona aos educandos um ensino universalizado e deve ser inserida no Ensino de Química e na História da Química, possibilitando a percepção das realidades culturais e históricas da sociedade, e nos permite a construção do conhecimento científico. O objetivo desse trabalho é analisar na Carta a El Rei D. Manuel como Pero Vaz de Caminha descreve a utilização de pigmentos pelos índios no Brasil. A metodologia de pesquisa adotada é a revisão de literatura do tipo sistemática, que possibilitará a percepção e análise crítica da inserção do conteúdo de história da química nas atividades escolares. Como resultado da análise, foi percebido a descrição das cores vermelho e negro, oriundos dos pigmentos: brasileina, bixina e genipina, obtidos por meio de processos de extrações desenvolvidos pelos indígenas e que tempos depois foram aprimorados e aplicados na Química Moderna. Nesse movimento compreende-se as relações entre ciência, tecnologia e sociedade, envolvendo relatos de momentos históricos, trazendo a ciência mais próxima a realidade da vida humana e seu desenvolvimento cotidiano.