Essa apresentação oral surge das observações feitas durante o projeto de Residência Pedagógica, sediado na Escola Municipal Escritor Jornalista Daniel Piza, proposto pela CAPES para a observação das aulas de História na Educação Básica. Um dos desafios iniciais propostos pelo programa, foi o de investigar como o contexto de violência em comunidades no Rio de Janeiro afetava o processo de ensino e aprendizagem das aulas de História. A partir desse contexto, foi analisado, através do conceito de necropolítica do Mbembe, como a soberania se faz presente em escolas municipais cariocas na ação de deixar morrer, através de impactos no cotidiano escolar e políticas de segurança pública da Prefeitura do Rio de Janeiro. Buscando comparar os índices de mortalidade em outras regiões brasileiras, através de uma lógica de banalização dos corpos matáveis como no caso de Maria Eduarda Alves da Conceição, uma adolescente assassinada no pátio da escola durante confronto das forças públicas de segurança, polícia militar do Rio de Janeiro. Através da Teoria do Tempo Presente, iremos investigar como a história da cidade do Rio de Janeiro é atravessada por estas questões e seus impactos no ensino de História, principalmente na Memória e identidade associada a essas trajetórias. Esta comunicação pretende apresentar as primeiras impressões sobre esta abordagem temática que relaciona educação, necropolítica e memória.