Mapas conceituais se configuram como uma estratégia potencial para a ativação de conceitos iniciais/prévios, uma vez que revelam e estimulam conexões entre conceitos na rede prévia de conhecimentos que o indivíduo possui em sua estrutura cognitiva. A utilização de mapas conceituais no contexto do ensino contribui com o trabalho docente na observação e das ideias e construções individuais do aprendiz sobre determinados conceitos/conteúdos na sequência de ensino. Considerando as diversas dificuldades dos discentes do ensino médio sobre o estudo de microrganismos, este trabalho teve como objetivo investigar as possíveis potencialidades do uso de mapas conceituais com estudantes do ensino técnico integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Campus Corumbá, em interface à estratégia da criação de um jogo digital como material potencialmente significativo ao ensino sobre vírus e bactérias. O caminho teórico e metodológico da pesquisa seguiu os pressupostos da Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel. Os mapas conceituais foram aplicados antes e depois da intervenção com os jogos, se configurando como forma de verificação de subsunçores, bem como de aprendizagem, sendo construídos, no total, 183 mapas pelos estudantes, analisados à luz da taxonomia topológica. Foi observada a dificuldade dos estudantes na construção dos mapas iniciais a respeito da temática, sobretudo na organização hierárquica e no estabelecimento das proposições e relações cruzadas, o que demonstrou, em sua maioria, modelos de mapas mentais ou fluxogramas. Já nos mapas finais, foi observado um significativo avanço na organização sequencial das informações. Após a verificação da interface entre os mapas conceituais, do jogo digital e dos organizadores prévios, percebeu-se um avanço expressivo de conhecimento do alunado sobre os vírus e bactérias.