Nos últimos anos, o avanço tecnológico tem viabilizado a criação de novos recursos pedagógicos que facilitam o processo de ensino e aprendizagem. A tecnologia de impressão 3D, por exemplo, permite a fabricação de objetos sólidos em camadas a partir de modelos virtuais, apresentando diversas aplicações no ambiente escolar. Esse avanço representa uma solução significativa para a compreensão de estruturas abstratas, beneficiando alunos com dificuldades de aprendizagem, sejam neurotípicos ou neurodiversos. Em um estudo realizado no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – Cap/UERJ, foi desenvolvido e aplicado um jogo envolvendo conceitos de genética para turmas do 3° ano do ensino médio. Utilizando a tecnologia de impressão 3D, foram produzidos dados com diferentes genótipos, representando características monogênicas de uma espécie fictícia de pássaro. Os alunos receberam uma tabela contendo essas características e os fenótipos correspondentes em homozigose dominante, recessiva ou heterozigose. Além disso, foram criados cenários que atribuíam pontuações às diferentes características, dependendo da situação apresentada. Durante o jogo, os alunos formaram o genoma do pássaro hipotético rolando os dados e registrando os resultados em uma tabela. Em seguida, relacionaram os fenótipos obtidos aos diferentes cenários, avaliando seu impacto na adaptação e na chance de sobrevivência. Ao analisar os dados, os alunos também puderam construir o diagrama de Punnett, explorando as probabilidades de genótipos da próxima geração. Os resultados mostraram que essa abordagem lúdica aumentou a motivação dos alunos para aprender o conteúdo, ao mesmo tempo em que promoveu uma melhor compreensão dos conceitos de probabilidade, alelos e dominância, fundamentais para o estudo da genética. Essa integração bem-sucedida da tecnologia de impressão 3D com a educação evidencia o potencial dessa abordagem para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.