A política educacional instaurada no Brasil entre os anos 1950 e 1964 pode ser melhor compreendida ao retomarmos o fim do Estado Novo, em 1947. A partir dessa análise, é possível constatar-se que parte da política brasileira buscava instalar as bases de um regime considerado democrático e assim criar condições para retomar a discussão acerca da organização da educação em padrões nacionais. Este trabalho tem o objetivo de apresentar como foi a política educacional instaurada no Brasil entre os anos 1950-1964, a partir do curso oferecido para alunos no Seminário Maior e que estudavam no Seminário Sagrado Coração de Jesus de Diamantina - MG. Para isso, foram analisados documentos de circulação interna da instituição, como a rotina dos alunos, disciplinas oferecidas e o número de matrículas. A proposta de tentar, através da educação, delinear a mente do indivíduo de forma passiva, era o mecanismo principal utilizado pela Igreja Católica, uma vez que o ensino ofertado pelos padres compreendia questões de conhecimento da sociedade e da Igreja. Os resultados apontam que a formação recebida pelo Seminário Maior, estimulava no aluno ao trabalho religioso, intelectivo e disciplinar, os quais eram objetivados a ordenação para o fim pastoral, mas ao contrário, os alunos desse Seminário Maior tinham mais interesse em receber a formação que a instituição oferecia para se colocarem em outras profissões na sociedade do que propriamente se tornarem padres. Isso denota a importância desse estabelecimento de ensino para a cidade de Diamantina e região.