A Plataforma CHA para Educadores é uma tecnologia social, lotada na vitrine tecnológica de COVID-19 da FIOCRUZ(RJ). Ela tem por missão promover saúde para quem ensina, por meio de acolhimentos psicológico, pedagógico e fonoaudiológico, além de rodas de conversa online, cursos de curta duração e oficinas temáticas. Este trabalho tem por objetivo apresentar demandas psicológicas dos educadores do CHA durante a pandemia e pós pandemia. O acolhimento psicológico é agendado pelo educador no site da plataforma, lotado no campus virtual da Fiocruz (CVF). O acolhimento é individual feito semanalmente com uma hora de duração em até dez encontros virtuais. A linha terapêutica utilizada é a Gestalt terapia. A plataforma CHA possui 1.030 educadores cadastrados, desses 9,7% foram atendidos no acolhimento psicológico. As principais demandas verificadas na pandemia foram medo, ansiedade e depressão associado a transmissão da COVID-19 e a volta as aulas. No período pós pandêmico foi observado o medo da violência nas escolas, o desrespeito a figura do professor e os conflitos com os alunos. No entanto uma demanda foi observada em todo o período, independente da condição sanitária, a sobrecarga de trabalho do professor, levando frequentemente trabalho para casa. Neste contexto, verificou-se que a escola é a figura mais importante para o professor(a), uma continuidade da sua casa e ele ou ela se veem como a figura paterna ou materna de seus alunos. Além de ensinar, cuidam. Esse signo muitas das vezes permite o aparecimento de conflitos pessoais confundidos com os profissionais e vice-versa. Essa questão foi trabalhada no acolhimento por meio de experimentos, permitindo que o educador entrasse em contato com estas questões e delimitassem a fronteira entre eles, com a finalidade de um ajustamento criativo entre o lado pessoal e profissional. Os acolhimentos têm permitido que os educadores encontrem um equilíbrio profissional, promovendo saúde mental.