O presente estudo apresenta uma temática importante, mas que ainda é pouco refletida no debate sobre a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) dentro do ambiente escolar: a rotina escolar e sua importância dentro da inclusão de crianças autistas no sistema educacional brasileiro. As reflexões aqui realizadas são pautadas nas implicações das atividades, elaboradas pela escola, na permanência dos estudantes atípicos em sala de aula, analisando os comportamentos que ocorrem mediante a realização dessas atividades. Nosso objetivo nesse trabalho é compreender como os graduados em licenciaturas observam esse fenômeno em sala de aula. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem metodológica bibliográfica que traz como fonte artigos e periódicos da área de Educação. Com o referencial teórico estabelecido, construiu-se algumas questões norteadoras para essa investigação: como os profissionais e estudantes da educação têm refletido e projetado situações pedagógicas que incluem crianças atípicas nas salas de aula? Os licenciados, ao longo de sua graduação e atuação, repensam e problematizam a estrutura educacional em que estão atuando? Esses profissionais e estudantes, em suas práticas docentes, refletem de fato a importância do planejamento didático inclusivo, com o intuito de elaborar uma rotina estruturada e capaz de alcançar os alunos com TEA em suas particularidades? A partir disso, destacou-se que o maior desafio encontrado na atuação dos professores é o de como lidar com as questões comportamentais dos alunos com TEA. Além disso, também se encara como desafio na profissão docente a prática de avaliar e sugerir propostas de intervenção pedagógica voltadas para o desenvolvimento comportamental dos alunos atípicos. Com isso, pretende-se enriquecer a literatura científica da área de educação, com o intuito de que mais pesquisas acerca do tema supracitado sejam realizadas.