A pesquisa tem como finalidade discutir o contexto em que se deu o debate sobre a implantação do Novo Ensino Médio (NEM), destacando as suas implicações para essa etapa do processo de escolarização e para a formação docente. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, bibliográfica e documental, onde foram analisados os documentos normativos que tratam do Novo Ensino Médio e da formação de professores, bem como a literatura específica que discute as temáticas em foco, tais como: Mônica Ribeiro da Silva; Daniel Cara, Ozaias Antônio Batista, etc. A análise documental, em associação com a análise da literatura, evidenciam que, em uma sociedade capitalista e neoliberal, como no caso da sociedade brasileira, onde se busca adequar a educação às demandas do mercado de trabalho, o Novo Ensino Médio se constitui em uma reforma que, na prática, fragiliza aspectos qualitativos inerentes a essa etapa da educação básica, dificultando o acesso dos estudantes a saberes essenciais para uma formação humana integral, orientando-se para a valorização de saberes explorados nas avaliações em larga escala e para as demandas do mercado de trabalho, contribuindo, dessa forma, para o aumento da desigualdade educacional e social no Brasil. Esse processo de fragilização da qualidade do ensino médio apresenta consequências para a formação docente que já se fazem sentir na legislação específica que trata desse tema, com implicações diretas sobre o trabalho docente.