Este estudo apresenta reflexões teóricas a partir das contribuições do autor proponente da Psicologia histórico-cultural, Lev Semionovich Vigotski (1896-1934), em torno da unidade de análise Vivência e suas articulações na presente teoria. Esta pesquisa tem como objetivo conceitualizar a vivência a partir da teoria de Vigotski e relacionar à escolarização de adolescentes autistas. A partir deste conceito central do que é vivência para Vigotski, iniciamos a tentativa de trazer uma compreensão ampliada do tema, principalmente relacionado ao autismo, que à época da teoria não foi citado, mas que atualmente nos permite essa aproximação devido a obra do autor ser tão atual em nosso cotidiano. Encontramos profunda relação com os estudos da defectologia do autor, sendo possível correlacionar tais temáticas. Atualmente, temos acesso a alguns entendimentos, relacionando a teoria histórico-cultural ao autismo, promovidos por estudiosos que o sucederam, que vamos tecer aqui. O presente estudo será conduzido a partir de pesquisa bibliográfica. Neste sentido, buscou-se o seguimento do aporte teórico de Vigotski, enquanto análise das vivências de adolescentes autistas na relação com sua escolarização e concepções de mundo, considerando-se as condições históricas do autismo, promovendo reflexões acerca da vivência pessoal e escolar, bem como do desenvolvimento destes jovens e sua relação com o mundo. Percebe-se a partir dos estudos desenvolvidos o quanto sua teoria datada de aproximadamente um século atrás se torna atual, nos quesitos que compreendem o desenvolvimento humano.