O Instituto Oswaldo Cruz (IOC) inaugurou sua jornada educacional em 1908, quando Oswaldo Cruz estabeleceu o Curso de Aplicação de Manguinhos, uma iniciativa de especialização em nível de Pós-Graduação. Hoje, o IOC abriga uma estrutura diversificada, composta por uma variedade de programas, incluindo programas stricto sensu, lato sensu e técnicos. A partir de 1980, foi introduzido o ensino técnico no IOC, o Curso Técnico de Pesquisa em Biologia Parasitária. Em 2000, surgiu o Curso de Especialização de Nível Técnico em Biologia Parasitária e Biotecnologia. Em 2008, o curso técnico do IOC foi renomeado para Curso Técnico em Biotecnologia, conforme estabelecido pela Portaria MEC nº 870, de 16 de julho de 2008. A formação técnica e profissional oferecida pelo IOC são notavelmente caracterizadas pela integração entre pesquisa e ensino. Atualmente, o curso possui uma carga horária total de aproximadamente 1.885 horas, distribuídas entre 23 disciplinas, além do estágio obrigatório (360 horas). Sua missão é capacitar profissionais técnicos para atuarem em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde e áreas correlatas, com foco no controle de parasitos e vetores, além de auxiliar na prestação de serviços de diagnóstico. Com a pandemia de COVID-19, o curso foi adaptado para o formato remoto, utilizando o Campus Virtual da Fiocruz e o ambiente virtual de aprendizagem baseado no Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, um software de código aberto para gestão de aprendizado. A partir de 2023, o curso técnico retomou suas atividades presenciais, com algumas disciplinas no formato híbrido. Ao longo de mais de quatro décadas de existência dos cursos técnicos, mais de 400 técnicos com alta qualificação foram formados. Apesar dos desafios, especialmente durante a pandemia de COVID-19, foi possível estabelecer um legado para os futuros cursos. As disciplinas ministradas remotamente permitiram otimizar o tempo, incluir docentes de diferentes localidades e explorar metodologias alternativas.