A comunicação, seja oral ou escrita, constitui parte fundamental do convívio social humano, pois é ela que media as relações entre sujeitos e são as interações verbais que permitem ao homem adequar-se aos diferentes contextos sociais. Dessa forma, é perceptível a importância do desenvolvimento dessa habilidade na formação do alunado desde a educação básica, em especial quando trata-se da linguagem oral, haja vista que é a partir principalmente dela que nos comunicamos e exercemos papéis sociais. Sendo assim, este trabalho objetiva analisar o que propõe os Parâmetros Nacionais Curriculares de língua portuguesa (BRASIL, 1997) e a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) quanto ao eixo da oralidade no ensino fundamental anos finais, a fim de constatar avanços e desafios quanto a articulação ou não dos documentos norteadores da educação com os estudos linguísticos da oralidade. Nossa pesquisa caracteriza-se como descritiva e bibliográfica, haja vista que além desses documentos nos reportamos aos aportes teóricos de Marcushi (2001), Galvão e Azevedo (2015), Bunzen Junior (2016), Travaglia (2017), entre outros. Os resultados preliminares apontam que a oralidade conta com alguns avanços a partir da reflexão de diversos teóricos e homologação de documentos oficiais, que, embora ainda apresentem pontos questionáveis, compreendem o eixo como prática social inerente aos sujeitos.