Adaptar atividades tem sido uma prática utilizada por diversos/as professores/as com o intuito de promover a inclusão de estudantes, sobretudo aqueles com deficiência e/ou em situação de dificuldades na aprendizagem. No entanto, trazemos ao diálogo e reflexão a acessibilidade como opção teórico-metodológica para pensar a educação inclusiva. Assim, este trabalho tem como objetivo compreender o processo em torno das ações pedagógicas - adaptar e acessibilizar- considerando as abordagens e concepções dos/as professores/as. Para tal, realizamos uma pesquisa qualitativa e utilizamos a entrevista semiestruturada com professores/as da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza como instrumento de construção de dados. Para a análise teórica nos debruçamos em autoras/res que pesquisam sobre educação inclusiva, sendo elas/es: Mantoan (2002, 2013), Mantoan e Lanutti (2022), Santana (2022) e Lustosa (2009, 2018) que fundamentam a acessibilidade como princípio para a inclusão de todas/todos as/os estudantes em ações pedagógicas. Os principais achados apontam uma confusão conceitual entre as entrevistadas sobre o que é uma atividade adaptada e uma atividade acessível e tais concepções influenciam sobremaneira em suas práticas em sala de aula, possibilitando (ou não) a inclusão dos estudantes. Entendemos que adaptar e acessibilizar são conceitos distintos, no qual o primeiro traz a ideia de diferenciar atividades educacionais enquanto busca uma padronização das aprendizagens, o que dificulta o processo de inclusão; já o segundo refere-se a participação ativa das/dos estudantes, a valorização dos seus saberes e potenciais e o uso de diversas estratégias de ensino e recursos pedagógicos para que a aprendizagem aconteça.