O texto decorre da análise do trabalho desenvolvido pela Brinquedoteca de uma faculdade que oferta seus cursos em todos os Estados Brasileiros na modalidade de Educação a Distância, junto às Licenciaturas (Letras, Pedagogia e História). Na busca de proporcionar espaços e tempos para os diálogos interculturais, valorizando e respeitando as diferenças existentes, surgiu o projeto “Brinquedoteca em Ação”, que em consonância com as diretrizes e os indicadores sociais contemporâneos atravessa toda a matriz curricular, propiciando momentos síncronos e assíncronos de “fazeres pedagógicos”. Metodologicamente, as atividades foram desenvolvidas ao longo de um ano no formato de “rodas de conversas virtuais”, nas quais além de discussão teórica sobre temáticas específicas, se faziam também oficinas que oportunizavam a vivência prática da temática do dia – necessidade importante na formação de professores e urgente nos cursos à distância. Os estudantes participantes das “Rodas” residem nos mais diferentes territórios brasileiros, muitos já atuam nos espaços escolares como docentes ou na função de apoio às atividades na sala de aula (auxiliares, agentes educadores, entre outros). Eles marcam a sua presença por meio da fala, da escrita no bate papo e na divulgação da sua produção no mural virtual destinado às oficinas. Também compartilham suas percepções por meio do formulário avaliativo digital disponibilizado ao final de cada encontro. Ao longo da mediação e acompanhamento das narrativas, inicialmente, percebeu-se que: i - a efetiva promoção do estreitamento de laços e compartilhamento de memórias; ii - a partilha e a reflexividade diante às suas experiências práticas no cotidiano educacional; iii - narrativas referentes a constituição da identidade docente em formação. A partilha e a reflexividade diante às suas experiências práticas são observadas a partir do compartilhamento das atividades realizadas no chão da escola ou em outros espaços de ensino-aprendizagem.