Percebe-se no contexto nacional, mas principalmente local que ainda existe uma dificuldade em promover ações de cunho preservacionista na sociedade. E isso se repete quando se trata da educação formal (FÉLIX, 2019). Isso se faz ainda mais evidente quando pautamos sobre o patrimônio negro, o qual sofre uma desvalorização ainda mais latente. Se tratando ainda da escola de tempo integral, entende-se que esta busca englobar diferentes conhecimentos, dando maiores oportunidades ao estudante em escolher as temáticas que terá acesso durante sua formação. Através desses questionamentos, decidiu-se realizar um projeto na EEMTIPJAM tendo como objetivo colaborar para a construção de conhecimentos acerca do patrimônio, a fim promover a preservação do patrimônio histórico e cultural icoense, trazendo a tona também a discussão sobre o patrimônio negro da cidade através das leis 10.639 de 2003 e 11.645 de 2008. Para tanto foram realizadas ações dentro da escola, e com a comunidade icoense (visitas guiadas, palestras, batalha de rimas, esquetes) buscando maior visibilidade ao verdadeiro museu ao céu aberto que é o sítio histórico de Icó. Verificou-se que após as ações, uma série de cidadãos icoenses, outras comunidades e também os estudantes começaram a buscar mais sobre o patrimônio local, demostrando um despertar social.