As instituições da Educação Superior (IES) caracterizam-se como espaços importantes de desenvolvimento, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Todavia, pessoas com deficiência têm indicado dificuldades de acessar as informações que garantem seus direitos formais para o ingresso, a permanência e a titulação nesse nível de ensino. Considerando que as Instituições Federais de Educação Superior (Ifes) brasileiras, estão implantadas no contexto de uma país continental, constituído por regiões de fronteira, ribeirinhas, quilombolas, de assentamentos rurais, periféricas, entre outras. Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo identificar e analisar, na perspectiva da acessibilidade, elementos comunicacionais e informacionais que constituem um edital de ingresso em curso de graduação, uma vez que as Ifes estão imbricadas em contextos com pluralidades culturais e linguísticas. Trata-se de um estudo de caso, de caráter predominantemente qualitativo, para a coleta de dados foi realizada entrevista com estudante na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Os dados foram tratados com base em seus conteúdos e analisados com a abordagem da acessibilidade comunicacional e informacional. Os resultados indicam aspectos facilitadores e dificultadores culturais no conteúdo das informações e na estrutura comunicacional do edital de ingresso, a pesquisa também procurou produzir conhecimento sobre acessibilidade, nos contextos da Educação Especial como transversal e interdisciplinar a todos os níveis de ensino. Portanto, sua relevância cientifica, acadêmica e social, é a de sistematizar metodológica e teoricamente caminhos para analisar e aprimorar documentos e por materializar direitos políticos, provendo à população um edital mais acessível, acessável e acessibilizado.