O artigo discute o ensino de arte no Maranhão, refletindo sobre a criação do curso de Educação Artística (EDA) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) na década de 1970 e a trajetória até 2024, destacando as implicações para a formação docente e no que isso reverberou para a arte e seu ensino na Educação Básica e Ensino Superior. Discute aspectos da atuação profissional e questiona o porque as artes, especialmente, as visuais, são tão marginalizadas, onde profissionais formados em outras áreas podem adentrar e se tornarem professores, o que não ocorre em outras, pois os editais são fechados nas formações. Em mais de 50 anos de existência, o curso ainda permanece como nasceu - graduação, e não criou um Programa lato sensu muito menos stricto sensu, forçando os nele formados a buscarem qualificação fora do Estado. O curso de EDA foi, até a fragmentação do DEART (Departamento de Artes), a alma de tal departamento, o qual se fragmentou para a área de Música (2007) e Teatro (2004). Este último já conta com um mestrado em Artes Cênicas. Como metodologia, escolheu-se a perspectiva dos relatos de experiência com base em dados históricos e, aporte teórico em literatura pertinente ao tema. Como reflexão e/ou conclusão, infere-se que falta esforço/vontade do corpo docente para mobilizar um projeto de mestrado em artes visuais, tão caro à região Nordeste, posto que os discentes egressos que almejam o título de mestre, precisam sair do Maranhão para alcançarem tal objetivo.