Durante a pandemia de COVID-19 as aulas de todos os segmentos educacionais foram suspensas como medida de prevenção para evitar a contaminação e muitos docentes foram desafiados a ministrarem aulas em on-line, utilizando plataformas e tecnologias educacionais alheias a maioria deles. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi compreender os principais desafios enfrentados pelos professores de Química que atuavam no Ensino Médio perante a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação durante o ensino remoto emergencial. A pesquisa foi de cunho qualitativo e teve como participantes 10 professores de Química que atuaram no Ensino Médio em escolas públicas do Distrito Federal de Brasília (DF), durante a pandemia. O instrumento de obtenção dos dados foi um questionário com questões abertas e fechadas que visou conhecer as principais dificuldades diante da necessidade de utilizarem as Tecnologias da Comunicação e Informação nem suas aulas no ensino remoto emergencial e quais mais utilizaram, assim como buscou conhecer se durante a formação inicial ou continua tiveram contato com essas tecnologias e se gostariam de terem uma formação sobre como utilizá-las. O questionário foi elaborado pelo Google Forms e foi acompanhado pelo termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados pela técnica da Análise Textual Discursiva e os resultados indicaram que os docentes de Química enfrentaram dificuldades e apreensões em relação ao uso das tecnologias educacionais, posto que durante a formação continuada não tiveram proximidade com a sua utilização. Revelaram que a formação continuada é uma oportunidade de aprendizado e que pode contribuir para que a tecnologia seja adotada no ensino de Química mesmo no ensino presencial, posto que os estudantes tem familiaridade com o uso das tecnologias. Portanto, a pandemia de COVID-19 proporcionou reflexões sobre a importância dos docentes terem uma formação que os atualize para o uso das tecnologias no âmbito educacional.