O presente trabalho, uma tese em andamento, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Universidade São Francisco, na linha de pesquisa intitulada de Educação, Sociedade e Processos Formativos, tem como título “Agenda Internacional 2030 em Educação e Governamentalidade”. Visa responder: (i) como se pode pensar a Agenda 2030 em Educação como (nova) forma de governamentalidade? (ii) qual racionalidade sustenta o discurso da Agenda 2030 em Educação?;; e (iii) Como a Agenda 2030 em Educação constrói o discurso de qualidade em Educação. Como hipótese, nota-se que tal discurso em torno da educação permanece dentro da lógica de acumulação de capital em um contexto de crescimento econômico, e que se sobrepõe fortemente à educação. A justificativa é que, talvez, seja possível pensar na educação brasileira, uma (nova) forma de governamentalidade. O objetivo geral é problematizar os documentos da Agenda 2030 em Educação como nova forma de governamentalidade. Assim, utilizando a ferramenta conceitual de análise da governamentalidade, de Foucault, a partir de uma analítica discursiva, o intento é problematizar como as relações de poder-saber e as artes de governamento contribuirão para edificar opiniões e perspectivas dos sujeitos na educação, e como a Agenda 2030 para a Educação transpassam discursivamente esses sujeitos na elaboração de suas subjetividades. Como aporte teórico, este trabalho tem os estudos foucaultianos, particularmente, as ferramentas teóricas da governamentalidade e biopolítica. E a metodologia se caracteriza como qualitativa, documental, bibliográfica, com a utilização dos instrumentos de acesso a banco de dados e legislação juntos aos sites oficiais, nacionais e internacionais. Espera-se, como resultados, que a pesquisa possa elucidar a racionalidade que sustenta o discurso da Agenda enquanto nova forma de governamentalidade.