Busca-se, no presente artigo, analisar a personagem feminina no conto “Entre a espada e a rosa” de Marina Colasanti (2015), à luz dos arquétipos da mulher anjo e monstro propostos por Sandra Gilbert e Susan Gubar (1984), cuja dicotomia enfatiza os papéis sociais femininos construídos pela cultura patriarcal. Tais representações têm como pano de fundo o conto de fadas moderno, cujas imagens simbólicas são tecidas por elementos que se contrapõem entre o feminino e o masculino, que delineiam a trama da narrativa para evidenciar, através do cenário do maravilhoso, a transgressão da protagonista às normas patriarcais, desarticulando a ideia do casamento dentro da concepção machista. Para tanto, este estudo ancora-se nos pressupostos teórico-críticos de Beauvoir (1967), Gomes (2004), Medeiros (2009), entre outros.