O presente trabalho visa retratar o início da relação do homem com o ser feminino e como isso impacta na educação das mulheres na atualidade, evidenciando preceitos impostos pela sociedade desde os primórdios e que refletem até os dias atuais. Assim como, mostrar como há todo um aparato responsável pelo modo como muitas situações de submissão são vistas dentro de padrões da normalidade e, apesar da conquista de muitos espaços e direitos, o ser feminino continua lutando por uma voz ativa, sem sinais de desrespeito e/ou violência. Nessa perspectiva, quando se procura entender a relação social estabelecida entre homens e a figura feminina ao longo da humanidade, é notória a dominação exercida do masculino sobre o feminino. Essa condição, dotada de privilégios e injustiças, vistos na maioria dos casos de modo naturalizado, perpetua-se até os dias atuais. Para conseguirem tal feito, existem mecanismos estruturais e estratégias, que contribuíram na permanência dessa circunstância, como a Família e a Igreja. Assim, a subordinação feminina foi implantada de diversas formas, desde a sua delimitação ao ambiente doméstico, até as atribuições e implicações dos papéis de mãe e esposa. Com isso, os valores patriarcais submetem a figura feminina com certa inferioridade, tendo a finalidade de servirem essencialmente aos interesses masculinos e se adaptarem as expectativas que lhes são cobradas. Porém, à medida que os anos decorreram surgiram discussões e movimentos propondo a ocupação feminina em outros espaços sociais, o que estimulou a luta em prol da conquista por igualdade. Ainda assim, por mais que o feminismo tenha possibilitado o debate de circunstâncias antes ignoradas, as antigas estruturas de divisão sexual continuam determinando as relações. Desse modo, a categorização de gênero assume forma de uma construção histórica, usando do poder para a dominação do masculino sobre o feminino nos diversos espaços sociais, delimitando diversas imposições e padrões de comportamento.