A formação social da mente foi uma das marcas apresentadas pelos estudos de Lev Vygotsky, que baseia-se em uma abordagem histórico-cultural humana, fundamentada na participação do outro na constituição do indivíduo em sua relação com o mundo por meio da ação mediadora. Dentre as particularidades apresentadas no Transtorno do espectro autístico, destaca-se o déficit nas relações interpessoais e comunicação, que muito dificultam o processo de aprendizagem de pessoas com autismo. O presente artigo objetiva Identificar os efeitos das atividades aquáticas propostas por um programa de atendimento educacional especializado no processo de interação social de alunos autistas, apresentando o meio líquido como um instrumento de mediação nas relações sociais dos mesmos a partir de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e caráter explicativo, em uma escola pública de ensino especializado localizada no distrito de Icoaraci em Belém do Pará. Portanto, fundamentando-se na análise comparativa entre pesquisas realizadas na área com resultados positivos e a vivencia prática no programa estudado, apresenta-se a prática de atividades físicas no meio líquido e seus benefícios nos aspectos físico social do sujeito, percebendo-se que o ambiente aquático funciona como um mediador na relação interpessoal de alunos com autismo que participam do programa pesquisado.