O desejo de compreender as características econômicas, sociais e culturais através de levantamentos censitários não é um hábito recente. Desde 1872, o então Brasil Imperial já desenvolvia pesquisas junto a seus habitantes a fim de identificar o seu tamanho e as dimensões dos desafios ora postos. A questão educacional esteve presente desde os primeiros levantamentos estatísticos com o objetivo de traçar um perfil da população no que se referia aos aspectos escolares e culturais. Desta forma, um indicador que sempre se sobressaiu nestas pesquisas fazia referência à baixa escolaridade apresentada pela grande maioria da população brasileira, o que colocou o Brasil, por muito tempo, entre os países com as piores taxas de analfabetismo do mundo. É, pois, sobre tal fato que este trabalho pretende se debruçar, ao analisar os resultados apresentados pelas pesquisas censitárias acerca da taxa de analfabetismo no Brasil e no Ceará. Para tal, pretende-se traçar uma análise comparativa entre estes indicadores e os anteriormente divulgados como forma de melhor compreender o quadro atual no qual se encontra a escolarização da população jovem e adulta.