A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, 2016, estimou que apenas 68% dos jovens entre 15 e 17 anos estavam frequentando a escola. Sob essa justificativa e de tornar o ensino atrativo, deu-se a implantação do Novo Ensino Médio. Somado a isso, o contexto político do Brasil era de transição de governo que trouxe transformações significativas para o país, principalmente, no âmbito educacional, dado o viés ideológico marcado pelo neoliberalismo. Assim, faz-se necessário refletir acerca dos desafios e impactos para a implementação desse programa para o currículo, tendo em vista que essa etapa da educação básica tem sido constantemente confrontada acerca de sua função social, se é um aprofundamento ou consolidação dos conhecimentos adquiridos ou para qualificação para o mercado de trabalho, a Pedagogia das Competências. Com base nessas discussões e nos discursos acerca do protagonismo desses jovens é que se faz pertinente uma análise crítica acerca dos discursos ideológicos no currículo. Utilizando uma abordagem qualitativa e levantamento bibliográfico, o referencial teórico-metodológico está balizado nos estudos realizados por teóricos como Krawczyk et al. (2017) e Silva et al. (2017) que discutem acerca da Reforma do Ensino Médio e suas controvérsias quanto a organização pedagógica e curricular, além de fazerem um alerta quanto a precarização do ensino médio, até o uso dos recursos públicos para a implementação dessa proposta. A pesquisa em questão encontra-se em processo de análises de dados fundamentados em estudos que discutem a temática, para tanto, constata-se para a discussão apresentada neste resumo, que o Novo Ensino Médio consolida-se com discursos ideológicos determinantes apresentando impactos, tais como itinerários formativos alinhados com a perspectiva econômica além da melhoria dos índices em exames, reforçando o aspecto mercantilista da educação, rompendo com a ideia de uma educação crítica e libertadora primordial para a formação de sujeitos críticos e politizados.