Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado em Educação Matemática que utiliza a História Oral para investigar a trajetória de um polo de extensão escolar multisseriado rural em um acampamento em Mato Grosso do Sul. O objetivo é identificar as influências da comunidade no polo de ensino, os movimentos sociais e educacionais que levaram à sua criação e extinção em 2009. A pesquisa relaciona esses aspectos com a Educação Matemática para mapear (in)seguranças educacionais e (in)justiças sociais, entendendo a importância de historicizar comunidades específicas. A metodologia se baseia na História Oral, registrando narrativas por meio de entrevistas com pessoas que vivenciaram a implementação e funcionamento do polo de ensino. Essas narrativas são transcritas e autorizadas pelos colaboradores, sendo fundamentais para compreender as experiências e desafios enfrentados pela comunidade. O estudo inclui narrativas de pessoas que destaca os desafios e a resiliência da comunidade e das/os educadoras/es em garantir a educação em condições adversas. Essas narrativas mostram a importância da colaboração comunitária e do comprometimento dos educadores. Em termos de conscientização, a texto segue os ensinamentos de Paulo Freire sobre a necessidade de transformação social e crítica, enfatizando a importância da luta pela libertação e restauração da humanidade dos oprimidos. A pedagogia do oprimido é vista como indispensável para a humanização e libertação das comunidades campesinas. Ao explorar as complexidades e desafios enfrentados por uma Comunidade específica, espera-se contribuir para uma compreensão mais ampla das questões educacionais e sociais em contextos rurais e periféricos.