Na sociedade contemporânea, são diversas as manifestações artísticas que perpassam os campos das ciências – naturais, sociais ou humanas – e da música. Nesse sentido, observa-se que a correlação “química e música” também faz parte da cultura, contribuindo para um cenário cultural permeado por música e ciências, neste caso, as da natureza. Temáticas da química ressoam no cancioneiro brasileiro, mas esse entrelaçar é um aspecto cultural que, muitas vezes, passa despercebido por certas parcelas da população. Em especial, ao se tratar de pessoas assistidas em Comunidades Terapêuticas (CTs), questiona-se: de que maneira a música pode corroborar no ensino não-formal de química em uma CT feminina? Qual é a concepção de “química” para mulheres em tratamento de drogadição? Este trabalho consiste na proposta de elaboração, aplicação e avaliação de uma oficina de química com música em uma CT feminina, localizada em Campos dos Goytacazes-RJ. O objetivo deste trabalho é apresentar um projeto de pesquisa que visa investigar a potencialidade de uma oficina que, em abordagem transdisciplinar, busca contribuir para o ensino não-formal de química, considerando a experienciação da música por mulheres adictas em "recuperação". A metodologia de pesquisa possui viés qualitativo, do tipo estudo de caso, contando com observação participativa e entrevistas para coleta de dados. Com os resultados analisados e categorizados, espera-se que esta pesquisa mostre-se exitosa para a educação não-formal de química. Por fim, este trabalho corrobora para a ampliação de discussões acadêmicas sobre a importância da cultura em CTs, lançando luz sobre a correlação “química e música” como um elemento cultural e contribuindo para novas possibilidades de ensino não-formal de química para mulheres adictas em processo de “reabilitação”.